segunda-feira, 20 de julho de 2015

Os 4 Melhores Arranha-céus do Mundo em 2015

O Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano (CTBUH) divulgou os quatro arranha-céus vencedores dos Prémios de Melhores Edifícios Altos 2015. As distinções, que integram os Prémios Anuais CTBUH 2015 são dirigidas a edifícios de grande altura caracterizados por um elevado desempenho ambiental, sustentabilidade e excecionais qualidades arquitetónicas e construtivas. Os Melhores Arranha-céus do Mundo, premiados nesta edição foram o One World Trade Center em Nova Iorque, EUA, o CapitaGreen em Singapura, o Bosco Verticale em Milão, Itália e a Torre Burj Mohammed Bin Rashid em Abu Dhabi, Emiratos Árabes Unidos. Este ano a competição contou com mais de 120 concorrentes, de 33 países, que foram agrupados em quatro regiões: Américas, Ásia & Australásia, Europa e Médio Oriente & África. Os restantes finalistas de cada região foram o Hotel e Residências Baccarat e a Torre Virreyes na Região Américas, os edifícios Phoenix, Siamese Ratchakru, SkyTerrace @ Dawson, Hotel Sunrise Kempinski e Torre Swanston Square na Região Ásia & Australásia, a Torre Evolution, o Edifício Leadenhall, o Malmö Live e a Esquadra de Polícia de Charleroi na Região Américas e a Al Hilal Bank e as Torres B.S.R. na Região Médio Oriente & África. Os edifícios finalistas dos Melhores Arranha-céus do Mundo 2015 foram analisados por um painel independente e multidisciplinar de especialistas, que incluiu engenheiros civis, engenheiros de estruturas, arquitetos e urbanistas, entre outros. O vencedor unificado será anunciado durante a 14ª edição do Simpósio dos Prémios Anuais CTBUH que terá lugar no Instituto de Tecnologia de Chicago a 12 de Novembro deste ano.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Arranha-Céus Orgânicos de Zaha Hadid na Austrália - Essa mulher não é ser humano não!!!!

Depois de projetar um conjunto de torres gémeas triplas “Grace on Coronation” no centro financeiro de Brisbane, o gabinete Zaha Hadid divulgou imagens de um novo empreendimento para aquela cidade Australiana. Serão duas torres residenciais de 44 pisos, com fachadas de inspiração orgânica, localizadas na zona portuária de Mariner’s Cove. Os dois edifícios serão constituídos por um total de 370 apartamentos e um hotel de luxo com 69 quartos.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Construção de Pontes Utilizando Polímeros Reforçados com Fibras de Carbono (CFRP) - Sistema AEWC

A tecnologia híbrida de compósitos e concreto corrente, faz uso de tubagens fabricadas com Polímeros Reforçados com Fibras de Carbono que são preenchidas, em obra, com concreto. As tubagens são bastante leves dispensando, na grande maioria das situações, equipamento pesado para a sua instalação. O processo dispensa também a introdução de armaduras de aço no interior dos arcos, uma vez que as paredes de fibras de carbono assumem a função de reforço. O enchimento dos arcos de CFRP, com concreto auto-curável, é efetuado através de orifícios individuais localizados no topo de cada tubagem. Os arcos fabricados com Polímeros Reforçados com Fibras de Carbono e preenchidos com concreto que possuem elevada durabilidade, resistência e ductilidade. Têm também um excelente comportamento à fadiga, sendo por isso indicados para passagens hidráulicas e pontes rodoviárias com elevado tráfego de veículos pesados, bem como pontes ferroviárias. A tecnologia permite uma economia significativa dos custos de fabricação e de transporte e também uma redução drástica dos prazos de execução, permitindo a construção de estruturas em arco de pequenas pontes, em apenas algumas horas. O sistema do AEWC, possibilita igualmente uma diminuição da pegada ecológica e dos custos do ciclo de vida.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

CAU/BR define atividades que só podem ser realizadas por arquitetos e urbanistas. Leia íntegra da resolução

Resolução Nº 51 segue diretrizes da Lei 12.378/2010 e passa a vigorar no dia de sua publicação no Diário Oficial da União Arquitetos e urbanistas agora têm definidas as atividades que só podem ser realizadas por eles. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR), em cumprimento ao determinado pelo Artigo 3º da Lei 12.378/2010, definiu quais atribuições são privativas da profissão e não podem ser realizadas por outros profissionais. “O grande salto que estamos dando aqui é o estabelecimento claro do que é o campo profissional de Arquitetura e Urbanismo”, explica Antonio Francisco de Oliveira, coordenador da Comissão de Exercício Profissional do CAU/BR. A Resolução do CAU/BR entrou em vigor no dia 17 de julho. Leia aqui a Resolução Nº 51, que define as atribuições privativas de arquitetos e urbanistas. O documento baseou-se em duas fontes principais: a Lei 12.378/2010, que regulamenta o exercício da profissão, e as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Arquitetura e Urbanismo. Divide as atividades privativas de arquitetos e urbanistas em seis grandes áreas: Arquitetura e Urbanismo; Arquitetura de Interiores; Arquitetura Paisagística; Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico; Planejamento Urbano e Regional; e Conforto Ambiental. Para facilitar a compreensão dos profissionais, a Resolução Nº 51 possui um glossário que explica de forma clara e objetiva os termos usados na norma. Veja abaixo alguns exemplos de atribuições exclusivas da profissão: - projeto arquitetônico de edificação ou de reforma - relatório técnico referente a memorial descritivo, caderno de especificações e de encargos e avaliação pós-ocupação - projeto urbanístico e de parcelamento do solo mediante loteamento - projeto de sistema viário urbano - coordenação de equipes de planejamento urbano ou de regularização fundiária - projeto de arquitetura de interiores - projeto de arquitetura paisagística - direção, supervisão e fiscalização de obras referentes à preservação do patrimônio histórico, cultural e artístico - projetos de acessibilidade, iluminação e ergonomia em edificações e no espaço urbano Pela regra, toda a parte de projetos, compatibilização com projetos complementares e qualquer função técnica relacionada à elaboração ou análise de projetos só podem ser realizadas por profissionais registrados no CAU. Também ficou definido que cursos de Arquitetura e Urbanismo, só podem ser coordenados por pessoas com esse tipo de formação na graduação. Aguarde a publicação completa da resolução no site do CAU/BR. A Reunião Plenária que estabeleceu as atribuições privativas de arquitetos e urbanistas foi transmitida ao vivo para todo o Brasil. Desde 1933, quando foi fundado o sistema de regulação profissional, houve muitas áreas compartilhadas entre as profissões. Agora ficam claras quais atividades são exclusivas de arquitetos e urbanistas e quais podem também ser feitas por outros profissionais. Quem descumprir essas regras pode ser denunciado e multado por exercício ilegal da profissão. Em 2012, o CAU/BR já havia regulamentado quais são todas as atividades que podem ser realizadas por arquitetos e urbanistas. Leia aqui. “Não se trata de uma medida corporativa, de restrição de mercado, mas de defesa da sociedade. Essas atividades, exercidas sem formação, oferecem riscos às pessoas e ao patrimônio”, diz Antonio Francisco. “A finalidade última é o interesse social”. Para o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro, “a aprovação da resolução pelo Plenário do CAU/BR é mais um passo que se dá na direção do restabelecimento das responsabilidades específicas dos arquitetos e urbanistas brasileiros e da melhor visibilidade da profissão por parte da sociedade”.

Melhorando a Resistência ao Fogo do concreto Através do Uso de Cinzas Volantes

Investigadores da Universidade Curtin em Perth, Austrália, estão a estudar a influência do uso de geopolímeros, materiais obtidos por ativação alcalina, na resistência ao fogo de painéis de betão armado. Os geopolímeros utilizados foram cinzas volantes, subprodutos da operação de centrais termoelétricas a carvão, conhecidos pela sua elevada durabilidade e resistência a temperaturas elevadas. Embora as propriedades do betão com integração de cinzas volantes tenham sido, nos últimos anos, alvo de múltiplos estudos, estes utilizaram, na sua grande maioria, os tradicionais provetes laboratoriais cilíndricos ou paralelepipédicos. Pelo contrário, no novo estudo na Universidade Curtin, os ensaios foram realizados em elementos estruturais com geometrias mais próximas daquelas que se utilizam em obras de Engenharia Civil. Os resultados permitiram concluir que painéis de betão armado, com espessuras entre 125 mm e 175 mm, fabricados com betão com elevada integração de cinzas volantes, transferiam o calor de forma muito mais rápida que elementos similares executados com betão corrente de cimento Portland. Sob a ação do fogo e sujeitos a temperaturas próximas dos 1000ºC durante cerca de duas horas, os painéis fabricados com betão de cinzas volantes apresentaram uma incidência significativamente inferior de fissuração e escamação. Além disso, após o ensaio ao fogo, verificou-se que os painéis de betão com cinzas volantes mantinham até 71% da sua capacidade de carga, um valor substancialmente superior aos 53% verificados nos painéis de betão tradicional. O estudo da Universidade Curtin, dedicado ao betão com cinzas volantes, insere-se num vasto programa de investigação dedicado aos betões ecológicos, patrocinado pelo Governo Australiano, que visa a adoção antecipada pela indústria da construção australiana de materiais e soluções construtivas mais sustentáveis. De notar que o fabrico de uma tonelada de cimento Portland origina, em média, a libertação de cerca de uma tonelada gases poluentes para a atmosfera.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Concreto Estrutural Reforçado com Fibras Metálicas de Latas de Refrigerantes

No âmbito dos programas nacionais de incentivo à construção sustentável, promovidos pelo Governo da Malásia, a Faculdade de Engenharia Civil da Universidade de Tecnologia MARA (UiTM) desenvolveu um betão estrutural mais amigo do ambiente que está a começar a ser aplicado em várias obras do País. O novo material de construção ecológico, designado “betão de mistura-verde” é caracterizado por uma elevada percentagem de integração de resíduos. Este inovador betão estrutural é fabricado recorrendo a cinzas volantes, um subproduto das centrais termoelétricas a carvão e agregados reciclados de betão. O seu reforço é efetuado com fibras de alumínio, provenientes da reciclagem de latas de refrigerantes – um resíduo altamente problemático na Malásia. De acordo com investigadores da UiTM, o novo betão estrutural é significativamente mais barato que o betão convencional com cimento Portland Normal e possui uma resistência 30% superior. A sua produção tem igualmente uma pegada ecológica inferior à do betão corrente. Além disso o seu fabrico está associado à redução, reutilização e reciclagem de subprodutos industriais, que de outra forma acabariam em aterros. De forma a incentivar o uso dos novos materiais ambientais produzidos no país, o Governo da Malásia instituiu o índice de sustentabilidade GBI (“green building index“) que permitirá incentivar a construção sustentável, distinguindo edifícios e outras estruturas que recorram a tecnologias ecológicas.

Ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota e espaço compartilhado

Muito tem se falado sobre ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota… Mas qual a diferença? Ciclovia É um espaço segregado para fluxo de bicicletas. Isso significa que há uma separação física isolando os ciclistas dos demais veículos. A maioria das ciclovias de orla de praia são exemplos de vias segregadas. Essa separação pode ser através de mureta, meio fio, grade, blocos de concreto ou outro tipo de isolamento fixo. A ciclovia é indicada para avenidas e vias expressas, pois protege o ciclista do tráfego rápido e intenso.
Ciclofaixa É quando há apenas uma faixa pintada no chão, sem separação física de qualquer tipo (inclusive cones ou cavaletes). Pode haver “olhos de gato” ou no máximo os tachões do tipo “tartaruga”, como os que separam as faixas de ônibus. Indicada para vias onde o trânsito motorizado é menos veloz, é muito mais barata que a ciclovia, pois utiliza a estrutura viária existente.
Ciclorrota De uso mais recente, o termo ciclorrota (ou ciclo-rota) significa um caminho, sinalizado ou não, que represente a rota recomendada para o ciclista chegar onde deseja. Representa efetivamente um trajeto, não uma faixa da via ou um trecho segregado, embora parte ou toda a rota possa passar por ciclofaixas e ciclovias.
Espaço compartilhado O tráfego de bicicletas pode ser compartilhado tanto com carros quanto com pedestres. Mas vamos nos ater ao compartilhamento da via com os veículos motorizados, pois essa é a grande luta dos cicloativistas hoje. Pela lei, quando não houver ciclovia ou ciclofaixa, a via deve ser compartilhada (art. 58 do Código de Trânsito). Ou seja, bicicletas e carros podem e devem ocupar o mesmo espaço viário. Os veículos maiores devem prezar pela segurança dos menores (art. 29 § 2º), respeitando sua presença na via, seu direito de utilizá-la e a distância mínima de 1,5m ao ultrapassar as bicicletas (art. 201), diminuindo a velocidade ao fazer a ultrapassagem (art. 220 item XIII). Mesmo tudo isso estando na lei, muitas pessoas ainda acreditam que a bicicleta não tem direito de utilizar a rua. E são essas pessoas que colocam o ciclista em risco, passando perto demais, buzinando e até mesmo prensando o ciclista contra a calçada. Também não compreendem o ciclista que ocupa a faixa, sendo esse o comportamento mais seguro, pois dessa forma a bicicleta trafega como o veículo que é, ocupando o espaço viário que lhe é de direito. Fazer entender que a rua é de todos, que o espaço público deve ser compartilhado, que as bicicletas também transportam pessoas que têm família, amigos, filhos, amores, é hoje muito mais importante que exigir ciclovias aqui e ali, que só serão úteis dentro de um plano cicloviário completo e integrado abrangendo toda a cidade, contemplando ciclovias, ciclofaixas, espaços compartilhados com carros ou com pedestres e ciclo-rotas sinalizadas.
O que mais precisamos é respeito.

Permacultura - O QUE É ISTO?

De acordo com os australianos Bill Mollison e David Holmgren, criadores da permacultura nos anos 70, permacultura é “um sistema de planejamento para a criação de ambientes humanos sustentáveis” envolvendo aspectos éticos, socioeconômicos e ambientaias. Unindo técnicas ancestrais aos modernos conhecimentos, das diversas ciências como arquitetura, engenharia, agronomia, sociologia, todas sob a ótica da ecologia. Alguns conceitos são fundamentais em Permacultura: # Desenho da propriedade: estudo dos vários componentes do sistema produtivo e suas interrelações para facilitar o manejo da área, sem desperdícios e sem poluição. + Incremento da biodiversidade em contraposição às monoculturas e aos modelos de manejo que levam a degradação ambiental. + Produtos orgânicos: produzir sem agrotóxicos, sem pesticidas, sem herbicidas, não contamina o solo, os veios d’água, rios e mares. O produto orgânico encontra caminhos para combater as pragas existentes, com a maior bioquímica existente em um sistema com diversidade vegetal e animal, tornando-se mais saboroso, aromático e saudável. O produto orgânico tem bons preços no mercado que cresce conforme a conscientização da humanidade. O produto orgânico e a permacultura fixam o homem no campo, com um sistema de manejo muito mais instigante e sábio do que o das monoculturas contaminadas. + bioconstrução com aproveitamento dos recursos naturais como energia solar e eólica; captação da água da chuva; banheiro seco com reaproveitamento de todo composto como adubo; incidência dos raios solares dentro da moradia no inverno e não no verão; conforto térmico e acústico obtido com possíveis materiais locais, com as técnicas construtivas de taipa de mão, taipa de pilão, alvenaria com fardos de palha, superadobe, adobe, cob, tetos-jardins, etc. Sistema de tratamento de esgotos adequados para as águas cinzas derivadas das pias de cozinha e banheiro, chuveiros e áreas de serviços, com sistemas de plantas como o círculo de bananeiras. Para as águas negras, derivadas dos vasos sanitários, caso não se utilize os banheiros secos, pode-se usar um sistema de plantas, dentro de um sistemas impermebilizado para não contaminar o solo ou fossas sépticas, filtro anaeróbico e sumidor ou vala de infiltração em caso de lençol freático superficial. + Cooperação e solidariedade em contraposição ao modelo atual de sociedade competitiva... +
Direcionar o manejo de acordo com a verdadeira vocação da área: através de um diagnóstico ambiental podemos conhecer qual a verdadeira vocação do sítio em questão. Se o homem for contra esta vocação ele vai degradar o meio ambiente, trabalhar muito e obter péssimos resultados, por exemplo: a Amazônia não é apropriada para a pastagem e para a monocultura de soja, a vocação da Amazônia pode ser a floresta de alimentos que copia a mata nativa original e produz alimentos como as castanhas e frutas de clima tropical, espécies fitoterápicas e abriga toda a biodiversidade local.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Biobetão – O Betão com Bactérias que se Auto-repara - Pra quem não conhece

Investigadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda, estão a desenvolver um tipo de betão que contém na sua constituição bactérias produtoras de calcite (carbonato de cálcio), capazes de conferir ao material propriedades de auto-reparação. Esta nova tecnologia poderá, em teoria aumentar exponencialmente o tempo de vida das estruturas de betão e reduzir substancialmente os custos de manutenção. Quando surgem fissuras numa estrutura constituída por este tipo de betão, as bactérias alcalifílicas existentes no seu interior ficam expostas a um meio ácido, que despoleta a produção de calcite. Este material vai encher as cavidades de dentro para fora, selando lentamente qualquer orifício ou fissura através dos quais os agentes ambientais agressivos pudessem penetrar e originar a degradação do aço das armaduras ou do próprio betão. O Biobetão é obtido através da adição de bactérias e nutrientes (lactato de cálcio) à argamassa. As bactérias permanecem em estado latente durante a mistura e durante grande parte da vida de serviço da estrutura de betão e apenas são ativadas em presença de água, quando a água da chuva penetra através de fissuras no betão. Esta capacidade de auto-reparação é especialmente importante em estruturas de betão armado enterradas ou de difícil acesso. Este betão inovador foi criado em 2009 pelo Microbiólogo Henk Jonkers e pelo Engenheiro Especialista em materiais de construção, Eric Schlangen e tem sido estudado e melhorado desde então. O processo de comercialização deverá ter início dentro de 2 a 3 anos.

Anunciada Conclusão da Construção das Torres Gémeas Al Bahr em Abu Dhabi

Foi recentemente anunciada a conclusão da construção das Torres Al Bahr, dois edifícios gémeos de 29 pisos e 145 metros de altura localizados em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. A sua característica distintiva é uma fachada automatizada que permite otimizar a entrada de luz solar. As fachadas dos edifícios são constituídas por cerca de dois milhares de elementos envidraçados motorizados, cuja posição é controlada por um computador central. Estes módulos de proteção, abrem ou fecham automaticamente com base na intensidade da luz que é medida por recetores distribuídos ao longo de toda altura e diâmetro das torres. Estas “peles” protetoras são consideradas as maiores fachadas computorizadas do mundo, tendo sido concebidas pelo grupo de arquitetura e design Aedas e executadas pela especialista de fachadas, Yuanda. O projeto de Engenharia Civil esteve a cargo da multinacional de consultoria de engenharia Arup, tendo a construção sido efetuada pelos empreiteiros Al-Futtaim Carillion, NSCC, William Hare e Pt Gulf. Os edifícios têm uma área interior total de 70 mil metros quadrados e um design inspirado na arquitetura tradicional islâmica. Uma das torres será a nova sede do instituto governamental Abu Dhabi Investment Council (ADIC), sendo a outra ocupada pelo banco Al Hilal.

Hadrian 105 – Um Robot que Constrói Paredes de Alvenaria

A startup australiana FastBrick Robotics revelou recentemente o seu sistema robotizado dirigido à construção de edifícios de alvenaria. O Hadrian 105 é um robot semiautónomo capaz de executar paredes de alvenaria, efetuando o assentamento automático de blocos cerâmicos, de betão ou de qualquer outro material. De acordo com a empresa, o Hadrian 105 é o primeiro sistema de construção de paredes de alvenaria patenteado e comercialmente viável, do mundo. É capaz de assentar blocos de diferentes tamanhos e geometrias e efetuar a mistura e espalhamento da argamassa de ligação. Ao contrário de outras soluções de automatização da construção de paredes de alvenaria, os sistemas FastBrick são totalmente elétricos, o que permite a manutenção de baixos níveis de emissões carbónicas durante o processo construtivo. O Hadrian 105 é também extremamente prático e preciso, sendo capaz de reproduzir com grande exatidão o modelo tridimensional que serve de base ao trabalho a executar. Através de dispositivos avançados de navegação e estabilização, a translação e manipulação dos materiais de construção é feita com uma margem de erro inferior a 0.5 milímetros, em qualquer dos eixos, sendo independente de interferências dinâmicas. No vídeo seguinte é possível observar a forma como o sistema desenvolvido pela FastBrick Robotics constrói as paredes de um edifício de alvenaria.

Arquitetura e urbanismo passarão a receber incentivo da Lei Rouanet

A atividade "arquitetura e urbanismo" passou a ser considerada "cultura" pelo governo federal a partir de 2010, quando aconteceu a 2ª Conferência Nacional de Cultura do Ministério da Cultura (MinC). Apesar de considerarem um avanço, ainda há um caminho a ser construído, de forma coletiva, para a recolocação da profissão na cena cultural brasileira. O representante do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) no MinC e presidente do IAB-SP, José Armênio de Brito Cruz, tem se empenhado nesse sentido. Um dos objetivos do arquiteto é que a profissão possa também ser beneficiada com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. Um importante passo para o reconhecimento efetivo da dimensão cultural da arquitetura foi dado na reunião da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura de junho. José Armênio defendeu o direito de a "arquitetura e urbanismo" receber incentivos da Lei Rouanet e a proposta foi aprovada por unanimidade. O próximo passo é o detalhamento de como isso vai acontecer, já que existem ainda questões institucionais e jurídicas que precisam ser resolvidas. Com um orçamento de R$ 1,3 bilhão para 2015, a Lei Rouanet é responsável por 80% do total de incentivo às artes investidos pelo MinC – dado informado pelo ministro Juca Ferreira em janeiro deste ano. Os arquitetos acreditam que um percentual dessa verba - uma vez destinada ao debate sobre a arquitetura e à cidade, bem como a projetos além dos que abrigam programas culturais - pode promover a valorização da paisagem urbana brasileira. “Um país que construiu Brasília, considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, englobar a arquitetura como cultura apenas em 2010 é quase que uma ironia. O que foi feito antes não é cultura?”, questiona José Armênio.

O plano de Londres para melhorar a saúde de seus habitantes através da mobilidade urbana sustentável

O Departamento de Transporte para Londres (TfL) lançou um plano de ação até 2021 que, até o momento, é considerado o único do tipo no mundo. A iniciativa apresenta 10 medidas e parte da premissa de que as ruas, o meio-ambiente e o transporte influenciam no bem-estar dos habitantes, assim, as melhorias realizadas nestes têm a capacidade de melhorar a saúde da população e, portanto, sua qualidade de vida. Por envolver áreas de impacto na vida urbana, como o transporte e a saúde, o plano foi recentemente selecionado pela Associação Internacional de Transporte Público (UITP) como um dos melhores projetos do ano na categoria Estratégia de Transporte Público. Em duas de cada três viagens realizadas em transporte público em Londres, a pessoa caminha cerca de cinco minutos, segundo TfL. Assim, uma pessoa adulta pode fazer grande parte da atividade física que necessita em seu translado diário, e o transporte público cumpre com uma das suas maiores funções para a saúde, que é manter os cidadãos fisicamente ativos. Contudo, para que estas caminhadas se tornem muito mais agradáveis, a capital britânica iniciou um investimento de 4 bilhões de libras esterlinas que procura converter estes lugares em espaços públicos mais atrativos, seguros e verdes para que os pedestres e ciclistas os integrem em seus cotidianos. Deste modo, pretende-se melhorar a experiência e fazer com que o transporte público continue cumprindo uma das suas funções mais importantes, que é garantir o acesso aos espaços de educação, entretenimento, serviços, aumentando, assim, o bem-estar da população. No documento oficial do plano estão detalhadas as medidas estratégicas que abordam os impactos do transporte, tanto público quanto privado, na saúde dos londrinos. Hoje, 38% do dia dos habitantes é gasto em deslocamentos em automóveis (privados e táxis), portanto, uma das metas do plano é desincentivar o uso destes, baixando a cifra para 6%. Para isto, as ações focam em melhorar os espaços públicos com o objetivo de fomentar os deslocamentos sustentáveis, isto é, a pé e em bicicleta. As políticas para melhorar a saúde através do transporte também são detalhadas no documento. Para isto se considera, entre outros objetivos, melhorar a segurança dos habitantes para que se sintam confortáveis ao se deslocarem pelas ruas, seja caminhando ou em bicicleta, e possam, então, adotar e manter este modo de deslocamento nas suas rotinas diárias. Outro objetivo é melhorar as oportunidades de transporte, ou seja, ser acessível para pessoas de todas as idades e condições físicas. Um terceiro objetivo consiste em garantir o bem-estar da saúde pública através da redução da sua contribuição à mudança climática. A falta de atividade física é uma das maiores ameaças para a saúde da população, podendo causar doenças cardíacas, câncer e outras crônicas, como diabetes e depressão. Por esta razão, o plano busca fomentar os deslocamentos sustentáveis em diferentes etapas da vida, já que se considera que uma pessoa de 80 anos pode obter o exercício que necessita diariamente em um deslocamento pela cidade e assim aumentar sua atividade psicológica em até 16%. Além disso, leva-se em conta que com o ritmo atual que se vive na ruas e suas condições, deve-se reduzir os acidentes do trânsito, o ruído e a contaminação atmosférica. A proposta para este ponto consiste em construir ruas mais saudáveis, isto é, aquelas onde os deslocamentos permitem reduzir os efeitos negativos à saúde e são uma opção muito mais agradável para transitar a pé ou em bicicleta. Estas ruas foram vistas pelo Departamento de Rodovias de Londres (RTF) como uma opção que beneficia a economia local, o meio-ambiente e a sociedade. Embora a implementação do plano seja em longo prazo, ele também conta com medidas de curto prazo, das quais algumas já estão sendo aplicadas, como a construção de mais ciclovias e do projeto Crossrail Bikes. Esta proposta foi aprovada em fevereiro e prevê a construção de duas ciclovias de 24 quilômetros de extensão que unirão nove distritos e cruzarão o centro da cidade.

Americanos vão Construir a Primeira Cidade Flutuante do Mundo

A organização norte-americana Seasteading Institute anunciou o arranque da segunda fase do projeto de conceção da primeira cidade flutuante do mundo. O Floating City Project, cujo estudo de viabilidade foi recentemente publicado pela consultora holandesa Deltasync, fará uso de plataformas modulares quadradas e pentagonais, executadas em betão armado, com um comprimento médio de 50 metros, que podem ser ligadas e agrupadas em diferentes configurações. A cidade flutuante, que inicialmente será constituída por 11 módulos e ocupada por 300 residentes, custará cerca de 167 milhões de dólares, sendo o objetivo principal a criação de uma comunidade politicamente autônoma.
Pois bem amigos, ai vem uma dúvida. Será que esta ideia, não pode ser um das soluções para algumas cidades BRASILEIRAS?

Urbanista Belga Projeta a Cidade de Paris para 2050

O urbanista de origem belga Vincent Callebaut define-se a si próprio como um “arquibiotecnólogo” pela forma como alia o projeto urbano à ecologia e sustentabilidade. Uma das suas mais recentes criações foi um masterplan futurístico do centro da cidade de Paris que intitulou “Paris Smart City 2050“. A visão do projetista para a Paris do Futuro inclui um extenso corredor verde ao longo da atual Petite Ceinture e gigantescos jardins verticais que integram, de forma extrema, a natureza na capital francesa.